domingo, 28 de outubro de 2012

Locutores de loja dão show de criatividade



Assim como Darkson, de Avenida Brasil, locutores de loja dão show de criatividade para atrair clientes na Saara

R7 mostra como é a rotina dos profissionais que fazem de tudo para chamar a atenção
Chiara Papali, do R7 | 09/08/2012 às 04h30
Chiara Papali/ R7
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Veja a galeria completaAlexander Vicente inventou o "humorchandising", mistura de humor commerchandising

























Assim como Darkson (personagem de José Loreto na novela Avenida Brasil), que trabalha no fictício bairro do Divino, no subúrbio do Rio de Janeiro, os locutores de loja da vida real cantam, dançam, inventam bordões e se fantasiam - tudo para chamar atenção dos clientes e vender mais. Personagens típicos do comércio popular no centro carioca, os locutores fazem das ruas da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) seu palco, com shows diários de bom humor e criatividade (assista ao vídeo abaixo).
Um dos profissionais mais conhecidos da região é Alexander Vicente, de 32 anos, que está há oito na profissão. Ele conta que já “rodou” quase todas as lojas da Saara, ajudando a vender desde roupas até calcinhas, sutiãs e cuecas.
— O mais difícil foi vender cueca. Uma vez tentava vender uma para um casal para conseguir bater minha meta. Todo mundo riu quando eu disse, no microfone, que ela não dava assaduras. E consegui vender mais do que esperava!
Seu talento para o improviso revelou ao R7 um sósia engraçado do jornalista da Record Paulo Henrique Amorim, além da dança da caveira, que costuma conquistar crianças. E já rendeu a personagem “Adriana Raia Pantera”, com a qual começou a fazer apresentações em “palcos de verdade”.
— Também inventei aqui na Saara o “humorchandising”, mistura de humor com merchandising.
Há pouco menos de um mês no Rio, o tatuador baiano Genilson Gomes Cardoso, de 37 anos, aproveitou sua experiência em oratória, como pastor, para ganhar a vida como locutor.
— Já vim correndo atrás do que sei fazer. Aqui, pela primeira vez, trabalho com carteira assinada.
Após trabalhar cerca de 15 anos com tatuagem, ele agora pensa em adotar o codinome Loko Locutor, já que, segundo ele, “todo locutor tem um pouco de louco”. Para chamar a atenção das clientes de uma loja de bijuterias, repete o bordão “Vem prá cá, ruiva. Vem pra cá, morena. Quer comprar anel de R$ 1 para a sogra?”
Locutor há 18 anos, Marco Reis, de 39 anos, também conhecido como o Borel Locutor, afirma que as vendas aumentam com seus anúncios. E não se importa de receber cantadas, principalmente quando imita o cantor Roberto Carlos.
— O pessoal gosta da brincadeira e isso chama bastante cliente. Propaganda é a “arma” do negócio.

Assista ao vídeo:

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