domingo, 21 de outubro de 2012

Maldita - Fluminense FM


Fluminense FM, Maldita, ou, lidando com um passado que também é presente e futuro



Há uns dois anos quando decidi fazer a edição especial do livro A ONDA MALDITA – COMO NASCEU A RÁDIO FLUMINENSE FM (editora NITPRESS), que celebra de 30 anos da rádio, percebi que pelo menos 40% das pessoas que pediam uma nova edição do livro não eram nascidas quando pusemos a rádio no ar, em 1º. de março de 1982. Pessoas que entraram em contato comigo por e-mail, abordando na rua, telefone, enfim, de todas as formas. Ouvem fitas de pais, tios, pessoas mais velhas e acabaram se apaixonando por aquele projeto que jamais, em tempo algum (modéstia totalmente à parte) nenhuma outra rádio de rock chegou perto.

Foi quando, num debate realizado em São Paulo no ano passado, acabei convencido que a Rádio Fluminense FM tornou-se um mito, como o Led Zeppelin, por exemplo, que o próprio Jimmy Page tem dificuldade de explicar. Mito a gente não explica, apenas curte ou não.

Fato é que no dia 27 deste mês, a partir das 19 horas, estarei no também trintão Circo Voador lançando a nova edição do livro, cuja pré-venda já está disponibilizada neste link. Todos que optarem pela pré-venda vão receber o livro autografado: http://nitpress.webstorelw.com.br/products/a-onda-maldita

Além do livro, está neste link o brilhante texto para a orelha do livro que o jornalista e escritor Arthur Dapieve fez. Vale conferir.




Rádio Fluminense FM 94,9




(...) Há uns dois anos quando decidi fazer a edição especial do livro A ONDA MALDITA – COMO NASCEU A RÁDIO FLUMINENSE FM (editora NITPRESS), que celebra de 30 anos da rádio, percebi que pelo menos 40% das pessoas que pediam uma nova edição do livro não eram nascidas quando pusemos a rádio no ar, em 1º. de março de 1982. (...) PARA LER O TEXTO NA ÍNTEGRA ACESSEwww.colunadolam.blogspot.com 

Como nasceu a Fluminense FM



QUERO AGRADECER A TODOS OS ex-ouvintes, quase ouvintes e fãs em geral da RADIO FLUMINENSE FM, a MALDITA, pela receptividade a edição especial de meu livro A ONDA MALDITA - COMO NASCEU A RÁDIO FLUMINENSE FM.
Há dois dias estou respondendo e-mails de pessoas de todo o país, que me estimularam, exigiram, cobraram, enfim, me levaram a essa edição BRILHANTEMENTE TRABALHADA por LUIZ AUGUSTO ERTHAL, dono da editora NITPRESS.
Todos os detalhes sobre o livro, bem como noite de autógrafos e pré-venda estão no sitewww.nitpress.com.br. Obrigado, muito obrigado a todos!


(...) Foi quando, num debate realizado em São Paulo no ano passado, acabei convencido que a Rádio Fluminense FM tornou-se um mito, como o Led Zeppelin, por exemplo(...) PARA LER O TEXTO NA ÍNTEGRA É SÓ ACESSARwww.colunadolam.blogspot.com

Algumas pessoas estão solicitando convites para a note de autógrafos sábado, dia 27, 19 horas no CIRCO VOADOR. Meus amigos, não há convites para o lançamento do livro, a não ser os ingressos do Circo Voado
r que podem ser adquiridos na hora ou com antecedência em http://www.circovoador.com.br/. O lançamento de meu livro é parte da celebração dos 30 anos do Circo. Na mesma noite vai rolar um show do grupo Bacamarte, do Água Brava e, ainda, uma homenagem a CELSO BLUES BOY.

Já quem está adquirindo o livro na pré-venda pergunta quando eles deverão ser despachados. Os pedidos já recebidos serão enviados segunda-feira, dia 29.

Para adquirir seu exemplar na pré-venda é só clicar neste link: http://nitpress.webstorelw.com.br/products/a-onda-maldita

Muito obrigado e um abraço a todos!





PODEM COMPARTILHAR A VONTADE!

A editora Nitpress lança no próximo sábado, dia 27, no Circo Voador, uma edição especial do livro A onda Maldita – Como nasceu a Fluminense FM, de Luiz Antonio Mello.

Com 256 páginas e um pôster-brinde na sobrecapa, o livro narra a história da emissora que revolucionou o rádio brasileiro e ajudou a construir a famosa geração 80 do rock nacional.

Em 1982 o jornalista Luiz Antonio Mello lançava, na cidade de Niterói, aquela que viria a ser a mais emblemática rádio-rock do Brasil: a Fluminense FM “Maldita”, provocando uma
autêntica revolução no dial. O time de locutoras, o jeito feminino despojado de conduzir o microfone e o grito de guerra “Maldita!” tornaram-se as marcas registradas da rádio. Em poucos meses a audiência pulou de quase traço para as primeiras posições no Ibope. Por lá passaram grandes astros internacionais e as mais importantes bandas do rock nacional, que tiveram na emissora fluminense a base fundamental para se firmarem no cenário musical.

O escritor e crítico de música Arthur Dapieve, que assina a orelha do livro, afirma que “sem a Maldita não haveria Paralamas, Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Kid Abelha, Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Ultraje a Rigor, RPM, Engenheiros do Hawaii... Ao menos não do modo que os conhecemos hoje. Sem a rádio, e sem sua parceria prática e espiritual com o Circo Voador, armado primeiramente no Arpoador e depois na Lapa, o BRock teria
tido mais dificuldades para se afirmar na sensibilidade pátria”.

Os 30 anos de surgimento da Fluminense FM “Maldita” e do próprio Circo Voador serão comemorados com o lançamento desta edição especial de A onda Maldita – Como nasceu a Fluminense FM e com uma festa embalada pelo melhor rock brasileiro no Circo Voador.
Luiz Antonio Mello vai autografar pessoalmente o livro, com preço de capa de R$ 39,00.

Quem for ao Circo e adquirir o livro no lançamento também ganhará, além do pôster-brinde na sobrecapa, um cartaz histórico da Fluminense FM.

O livro também pode ser adquirido antecipadamente pela pré-venda através da livraria
online da editora, acessando o endereço http://nitpress.webstorelw.com.br/products/a-onda-
maldita. Os leitores que optarem pela pré-venda receberão o livro autografado pelo autor a partir do dia 29 de outubro.

Mais informações:
Editora Nitpress
Tel.: 21 2618-2972
nitpress@nitpress.com.br
www.nitpress.com.br

Na foto: As locutoras Monika Venerabille, Edna Mayo, Liliane Yusim, Cristina Carvalho, Selma Boiron e Selma Vieira, um dia antes da Maldita entrar no ar, em 1o. de março de 1982.





Show de 30 anos dos grupos BACAMARTE, ÁGUA BRAVA e outros, mais uma homenagem póstuma a CELSO BLUES BOY e comemoração dos 30 anos do CIRCO VOADOR. A noite de autógrafos de meu livro está nesse grande happening que vai acontecer dia 27, sábado, a partir das 19 horas no CIRCO de Maria Juçá, é claro! Sobre o livro: (...) Quando vi a capa pronta, mais a sobrecapa que também é um miniposter não sei des
crever o que senti. Não foi fácil reescrever o livro, inserir alguns detalhes, sonhos, observações, críticas, numa história que já dura 30 anos. (...) LEIA E COMENTE O TEXTO "Fluminense FM, Maldita, ou, lidando com um passado que também é presente e futuro" QUE ESTÁ EM www.colunadolam.blogspot.com . O TEXTO DA ORELHA É DO BRILHANTE JORNALISTA E ESCRITOR ARTHUR DAPIEVE.
A EDITORA NITPRESS, DE LUIZ AUGUSTO ERTHAL, JÁ ESTÁ FAZENDO A PRÉ-VENDA DO LIVRO. QUEM ADQUIRIR VAI RECEBER EM CASA, AUTOGRAFADO. O LINK É ESSE: http://nitpress.webstorelw.com.br/products/a-onda-maldita

A nova e especial edição de meu livro A ONDA MALDITA - COMO NASCEU A RÁDIO FLUMINENSE FM, já está em pré-venda e a entrega começará a ser feita a partir do dia 29 de outubro. Além dos detalhes sobre a pré-venda, o texto que o brilhante jornalista e escritor ARTHUR DAPIEVE fez para a orelha estão neste link: http://nitpress.webstorelw.com.br/products/a-onda-maldita

A Onda Maldita


há 8 minutos 

Estou emocionado com a receptividade da edição especial de meu livro A ONDA MALDITA - COMO NASCEU A RÁDIO FLUMINENSE FM, que a editora NITPRESS, de Luiz Augusto Erthal está lançando.

Como já informei, quem já quiser adquirir o livro a pré-venda já disponibiliza. Basta entrar emwww.nitpress.com.br.

Esse mini-poster amarelo é, ao mesmo tempo, a sobrecapa do livro e ficou bem legal. Vale a pena entrar no site da NITPRESS (naquele endereço que postei ali em cima) e ler o press release e, também, a brilhante orelha que o jornalista e escritor ARTHUR DAPIEVE escreveu.

Obrigado, muito obrigado a todos!

Matéria do “O Globo” – “o que há no rádio”



Compartilho a matéria que saiu ontem no Segundo Caderno do “O Globo”- texto de Arnaldo Bloch
O colunista escreve aos sábados
O que há no rádio
Ainda que tenha perdido audiência, o aparelho continua a ser ouvido em grande escala em casa, no carro e nas regiões mais remotas
Lulu, como era conhecido Luís Alberto Oliveira, fotógrafo em Paris entre os anos 1970 e meados dos 90, era amigo de Pelé, fumante furioso e dono de um francês macarrônico. Morava num apartamento de frente para a garçonnière de Napoleão e fritava farofa de ovo para Celso Furtado. Mas, apesar de tantos atributos, morreu sem entender como funciona um rádio: para ele, aquilo era ilusionismo ou obra do sobrenatural.
O problema de Lulu era o fio: como é que vozes, música e outros ruídos podiam chegar de locais distantes e de outros continentes, penetrar num objeto inanimado sem fio e chegar aos nossos ouvidos?
— Telefone tem fio. Televisão tem fio. Tudo tem fio. Como é que pode?
— Mas Lulu, o rádio tem pilha e antena!
— Mas não tem fio. É mágica.
Não adiantava mencionar ondas eletromagnéticas ou dizer que a tomada da TV só traz energia, enquanto as imagens vêm pelo ar (a TV a cabo ainda não se popularizara).
Para Lulu, som sem fio era antinatural, e ponto. Como o é, para muita gente, até hoje, o avião: inexplicável, inconcebível.
Lulu não conheceu a era dos celulares nem o uso globalizado do computador e do wifi.
Mas, com sua implicância irracional, acertou num alvo futuro: o rádio atravessaria a revolução tecnológica sem desafinar, ao contrário dos outros meios, que penaram, e ainda penam, para encontrar o tom. Pode não ser um milagre de outro mundo, mas é, sem sombra de dúvida, um fenômeno.
Ainda que tenha perdido audiência, o rádio continua a ser ouvido em grande escala em casa, no carro, na cama e nas regiões mais remotas. Mas seu grande feito está no fato de que seu tom pessoal, dirigido individualmente ao receptor, e sua capacidade de gerar fantasias permanecem intocados, mesmo quando seu conteúdo é transferido para outras mídias, como o computador e os celulares.
Não à toa, os comunicadores, sejam eles esportivos, jornalísticos, de variedades ou religiosos, ainda falam ao ouvinte naquela segunda pessoa informal, atingindo-o em sua solidão: você, caminhoneiro de madrugada cruzando o país; você, dona de casa, em suas tarefas; você, dando duro no batente; você, da terceira idade, que tem saudade; você que quer mandar o seu recado; seu protesto; sua indignação.
Mesmo quando se dirige a grupos, o rádio ritualiza o momento: você, que está com o seu amor no aconchego de uma cama redonda com teto espelhado; você, que está na balada e sintoniza na batida eletrônica do funk.
Nelson Rodrigues dizia que o verdadeiro jogo de futebol é aquele que se ouve no rádio, e não o que acontece no estádio. Não estava apenas produzindo uma frase de efeito. Da mesma maneira que o Nero de Cecil B. DeMille é mais real que o Nero histórico, as transmissões categorizadas de Waldyr Amaral, o grito vigoroso de Jorge Curi; o “entroooooou” malandrão de José Carlos Araújo (o único e verdadeiro Garotinho); o “guardoooou” de Luís Penido; os discursos embriagados de João Saldanha: prosódias que enchem a mente do ouvinte de imagens que, circunstancialmente, ele não pode ver.
O que se perde não assistindo ao jogo ganha-se ao imaginá-lo, deslumbrante, remoto e vivo, em variações enriquecidas pelo jeitão de cada locutor. Depois, comparar essas sensações com a realidade dos VTs, dando à experiência anterior novo significado. Ouvir o jogo no rádio ao mesmo tempo que se assiste, defasagens à parte, é outra possibilidade. E o jogo continua à saída do estádio, no papo de vestiários; ou antes de se chegar ao estádio, no Aterro, a caminho do Maraca, domingo, aquele cheiro de morteiro no ar. O Maraca vai voltar!
O rádio é fogo. Os jornais mudaram para adaptar-se, mas, hoje, percebem que, no papel, o tom é de papel, enquanto o conteúdo digital tem, obrigatoriamente, que ser diferente, com outras categorias, outra indexação, outra linguagem. A televisão se segmenta cada vez mais no cabo e as imagens abertas se fragmentam ao cair na rede.
Com o rádio isto não acontece: não importa o meio de difusão, o conteúdo de um determinado veículo é o mesmo na caixa retangular com pilha e antena ou no celular, e só depende daquilo que se quer transmitir. No rádio, o meio não é a mensagem, pois a mensagem é que faz o rádio.
Essa qualidade vem sendo amplificada por um fator: o rádio é, e deverá permanecer, gratuito. Os aplicativos para se ouvir rádio em celular são meras replicações. Além disso, o rádio, como meio de transmissão pura e simples de mensagens, pode ser o último recurso em grandes colapsos de energia. Se não é bruxaria, o rádio, como dizia o Lulu, espanta, ao lidar com o que há de mais sensível na afetividade e na cognição humanas.
Finalmente li “O mau humor de Arnaldo Branco” (Editora Flaneur) do meu xará, detrator e camarada. O livro é um grande antídoto contra a hipocrisia e a mania de levar-se a sério demais, que acomete a comunicação. Nas melhores headshops da cidade.
Arnaldo Bloch