quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Etiqueta no trabalho


Siga as dicas dos experts para não pisar na bola em seus e-mails



Apesar de ser um pedido, o tom do texto é autoritário, 'o que provavelmente vai gerar má vontade', diz o consultor Carlos Alberto Paula Motta, autor de 'Como Escrever Melhor' (Publifolha, 72 págs., R$ 20). A mensagem eletrônica exige mesmo concisão, mas isso não significa que a pessoa deva ser lacônica. Erro número dois: o remetente não identifica no corpo do e-mail a quem a mensagem se dirige, nem faz um fecho de cortesia. Poderia começar com 'Senhor Ricardo', simplesmente 'Ricardo' ou, ainda, com saudações do tipo 'olá', personalizando e, o que é melhor, aproximando o texto da linguagem falada.



Muitas palavras e... dúvidas. 'A pessoa não explica o que quer e peca pela imprecisão', diz Motta. Não precisa ser prolixa, mas não se deve sonegar informações. 'Vá direto ao assunto e tente não deixar perguntas sem resposta.' Essa mensagem revela mais insegurança do que respeito; erra também no desfecho, já que o e-mail não traz uma assinatura que identifique claramente o remetente, seu cargo ou o departamento no qual trabalha, seu telefone e e-mail.



'Se o expediente da empresa começa às 8h, não há tempo hábil para mudar a agenda enviando tal mensagem no final do dia anterior. Além disso, nunca se sabe com certeza quando o e-mail será lido', diz a consultora Edmea Neiva. Em situações assim, é melhor acertar tudo por telefone ou pessoalmente. O remetente também poderia ter se comunicado melhor. 'Um título bem formulado dá o recado completo.' No lugar do lacônico 'Mudança de horário', seria mais apropriado deixar bem claro o assunto de que trata o e-mail: 'Proposta de adiamento da reunião das 8h30 de 13/12'.


Mensagens assim ficam totalmente fora do contexto profissional. 'Deve-se evitar o uso de exclamações e abreviaturas do tipo 'tô', 'q', 'vc' e 'rs'. Além de ser inadequado, ninguém tem obrigação de entender que 'f-d-s' significa fim de semana', diz Motta. Uma linguagem afetiva ou mais informal cabe apenas em e-mails particulares. Sempre é melhor identificar o interlocutor pelo nome e, no final, usar um 'atenciosamente' para situações formais, um 'muito obrigado(a)' nas informais e 'um abraço' quando existir um certo grau de afetividade.
Ilustração: Caio Borges
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML1673014-8857-3,00.html

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