quarta-feira, 24 de agosto de 2011

3.11 O imaginário em ação


“...E as radionovelas faziam sucesso nos anos 40, várias delas eram apresentadas diariamente na programação da Nacional. Numa delas, a heroína ficava grávida e deveria dar à luz em condições precárias, conforme o roteiro. Ao escutar o drama, um grupo de senhoras, penalizadas com a situação, confeccionou, preparou e remeteu à emissora um enxoval completo para o bebê que ia nascer”.
(<http://planeta.terra.com.br/lazer/sintonia/causos.htm>)

Trabalhar em rádio é comunicar, contar experiências, contribuir para que os outros esbocem um sorriso, sentir-se próximo de quem as ouve. É muito positiva a aura de mistério que o rádio permite, o que se deixa por dizer... É muito importante que a locutora consiga que os ouvintes imaginem qualquer coisa através do que diz. É gratificante fazer passar imagens através da voz. Não esquecendo que o rádio é feito por pessoas e não por máquinas.

“Se o imaginário dos ouvintes da Fluminense foi melhor conduzido pela voz feminina que fez aumentar a audiência de roqueiros e de roqueiras, o Rádio X não poderia deixar de ouvir essas guerreiras da comunicação espontânea, que foram crias do novo estilo de linguagem. De suas vozes ecoam gritos de resistência à mesmice. Hoje, no turno da tarde da Maldita, trabalha Patrícia Rodrigues, que também já varreu madrugada. Perguntamos a ela se o clima da noite favorecia a uma certa sensualidade. Patrícia disse que concordava que à noite há uma certa sensualidade musical, mas a Maldita nunca fez o gênero, “clima de melosa”, e garante que em cada horário há um direcionamento da informação: “acho que as manhãs servem para informar às pessoas e as tardes levam a um clima de compartilhar com os ouvintes”. Jaqueline Azeredo é a atual chefe das locutoras da rádio, e entra no ar junto com programa “Rush”. Aquele programa nas horas de engarrafamento, antes da Voz do Brasil, lembram-se? Na sua opinião, o programa hoje está mais simples do que na sua fase inicial, quando a produção trazia um convidado especial. “O programa era mais soft. Hoje eu leio uma nota elaborada pelo jornalismo da rádio referente a um assunto polêmico que tenha acontecido durante o dia. Eu nunca leio assaltos, tragédias ou mortes”. Jaqueline Azeredo também trabalha no “Espaço Aberto”, um outro clássico da Maldita que dá oportunidades para as bandas totalmente desvinculadas do mercado”. (DUCHE, 1989, p. 8)

Nenhum comentário:

Postar um comentário